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Posts Tagged ‘valor’

Ivanice é economista e leu sobre o projeto no jornal local. A ideia de uma moeda de troca a deixou animada e ela veio para a praça onde estávamos para ver. Trouxe na bolsa um exemplar de uma revista sobre esoterismo (UFO’s, Sociedade Templárias, etc). Faz parte de uma edição esgotada, de 1997. Conversamos um pouco sobre o motivo do trabalho e isso rendeu uma boa conversa, onde ele enxergou os pontos de interação do trabalho com uma escala humana de novos valores, que ela acredita estar presente em outras áreas do conhecimento, como um fluxo e possibilidades de novas ordens. No índice da revista, ela escreve uma oração Dakota, que fala sobre autoconfiança e espaços sagrados. Fizemos a troca e, mais tarde, ela trouxe para mim um biscoito trançado, tipo alemão, de uma padaria próxima. Eu comi ali mesmo.

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Essa troca foi ciberdélica. Bruno estuda antropologia e trocou por uma boa reflexão sobre o processo da troca:

Pedro Victor:24 dez (5 dias atrás)

hhehhe.
pensa numa parada pra trocar.
neliz fatall

Bruno Emílio: 25 dez (4 dias atrás)

troco um segredo, uma técnica talvez:
como comer laranja com gosto de menta.
se estiver de pé, moitaremos…

Neliz Fatal

Pedro Victor:26 dez (3 dias atrás)

uhmmm,
não quer escrever algo, em tom acadêmico, sobre o processo da troca?

Bruno Emílio: 09:57 (8 horas atrás)

Processo de Troca? Tem uma anedota etnográfica nesse sentido: muito se diz da sociedade capitalista, da defesa dos direitos do homem, de um tal mercado livre que possibilitaria, ao preço da transformação das singularidades em mercadoria, um fluxo de troca singular, uma sociedade para troca. Pois bem, a anedota expõe a contestação de um nativo melanésio. Ele nos questiona sobre a finalidade de nossas trocas, o consumo privado, afirmando que este expõe o real caráter de nossa sociedade: uma economia de subsistência; em contra-partida a sociedade da qual o melanésio faz parte seria (segundo ele) a verdadeira sociedade para troca, onde a acumulação nunca se concretiza devido à responsabilidade de constante redistribuição e/ou troca, onde a finalidade da troca é sua própria realização e não a privacidade da posse. Enfim, por essa o etnógrafo não esperava… Que o Moitará de vocês resignifique a finalidade de nossas relações mais que o valor daquilo que se troca, valorizando a abertura ao outro como finalidade e não como meio para aquisição de bens privatizados que, ao sê-lo, congelam numa estante as relações sociais inerentes ao objeto por sua possibilidade de existência.
Outra curiosidade, dessa vez sobre a troca entre os indígenas sul-americanos, de onde vocês tiraram o Moitará: para estes a troca marca um processo de abertura composto de subsequentes outras trocas, uma troca promete outras. Disto decorre novo (ou velho) mal entendido com o “Ocidente”, para “nós” a troca ao ser consumada encerra a relação com o outro, justo o sentido contrário do atribuído pelos ameríndios. Célebre frase do mercador branco: “estes índios pedem muito!”
Rio de Janeiro, 29.12.2008

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Alexandre propôs um roubo como troca. Seu argumento era que algo de valor sempre suscita um roubo, ou uma história de um roubo.

Foi negociado que ele pegaria a moeda do meu pescoço e que sua numeração permanecesse incógnita.

18.07.2008 Galeria Vermelho

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